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Índice de diabetes preocupa OMS

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Diabetic patient doing glucose level blood test

 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o diabetes atinge cerca de 422 milhões de pessoas em todo o mundo e esse número tem crescido progressivamente na maior parte dos países. O mesmo relatório aponta que, no ano de 2012, a diabetes matou aproximadamente 1,5 milhão de pessoas e outros 2,2 milhões morreram em decorrência de doenças relacionadas à doença.

A Federação Internacional do Diabetes estima que, em 2015, havia no Brasil 14,3 milhões de diabéticos e que, até 2040, esse número pode subir para 23,2 milhões.

A diabetes é uma doença crônica e ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não utiliza a insulina que produz. A insulina é o hormônio que regula a quantidade de açúcar no sangue.

Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença. Esse tipo se manifesta geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

Porém, a que mais avança no mundo é a tipo 2, que está justamente ligada ao sedentarismo. O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia. Cerca de 90% das pessoas com diabetes possuem o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar a doença. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

Quando não tratada da maneira correta, a diabetes pode ocasionar outros problemas de saúde. Uma das maiores preocupações é a Retinopatia Diabética, lesão que pode ocasionar cegueira.

Retinopatia Diabética

A retina é afetada pelo diabetes porque a concentração sérica de açúcar (glicose) torna as paredes dos pequenos vasos sanguíneos da retina mais espessos, porém, mais fracas e mais propensas a deformidades e extravasamentos. Existem dois tipos de retinopatia diabética, a não proliferativa e a proliferativa.

A doença acontece quando os vasos do fundo do olho são danificados e causam hemorragia e vazamento de líquido na retina, processo que pode levar ao chamado edema de mácula diabético, que é a principal causa da baixa de visão nesses pacientes.

 Retinopatia Diabética

Muitos pacientes manifestam a forma leve ou moderada da doença e podem até não apresentar nenhum sintoma visual. Por isso, é imperativo que pacientes diabéticos façam avaliação do fundo de olho com retinólogo (oftalmologista especialista em retina).

A doença também é diagnosticada quando os vasos da retina ou do nervo óptico não conseguem trazer os nutrientes para o fundo do olho, formando vasos anormais que causam o sangramento. Esses vasos podem desencadear hemorragias vítreas e deslocamento de retina.

A extensão das retinopatias (proliferativas ou não proliferativas) e da perda da visão está relacionada à qualidade do controle da concentração sérica de açúcar e ao tempo que o indivíduo apresenta o diabetes. Geralmente, a retinopatia ocorre dez anos após o início da doença.

O tratamento da retinopatia diabética se dá inicialmente por meio da fotocoagulação a laser, procedimento no qual um raio laser é aplicado sobre o olho para destruir os novos vasos sanguíneos e para vedar os que apresentam extravasamento.

Atualmente, o tratamento principal é baseado no uso de injeção de anti-VEGF na cavidade vítrea.

Injeção intravítrea

Os medicamentos disponíveis hoje para o tratamento da DMRI úmida são Lucentis, Ranibizumabi e Aeylia (Aflibercept).

Esse procedimento é indicado para todas as doenças relacionadas à formação de vasos sanguíneos anômalos (novos vasos sanguíneos ruins) como Degeneração Macular Relacionada à Idade, Retinopatia Diabética, Tromboses e Glaucomas de causa vascular.

A terapia desenvolvida para bloquear o crescimento desses neovasos sob a retina, é chamada de ANTI-VEGF (antiangiogênicos). Os medicamentos capazes de interromper o crescimento de neovasos são chamados de Ranibizumabi.

O tratamento consiste na aplicação do medicamento diretamente no olho afetado. Esse procedimento é realizado em Centro Cirúrgico e utiliza anestesia local. O número de injeções é indeterminado e o tratamento, bem como o acompanhamento, não deve ser interrompido.

Essa terapia – utilizada desde 2006 – é a única opção terapêutica que pode proporcionar melhora e manutenção da acuidade visual. Novos estudos e pesquisas buscam o aprimoramento do tratamento para que um menor número de injeções seja necessário. Apesar da dificuldade causada pela repetição do tratamento, o uso dos anti-VEGF’s foi uma revolução no tratamento das doenças da retina.

Vitrectomia

Quando o sangramento dos vasos lesados foi muito grande, pode ser necessária cirurgia de vitrectomia para remover o sangue que entrou no humor vítreo. A cirurgia de Vitrectomia é indicada em várias patologias, entre elas, descolamento de retina, tromboses venosas, hemorragia vítrea por retinopatia diabética ou alterações maculares.

Durante a cirurgia, o humor vítreo, líquido que preenche o olho, é retirado para que sejam realizados os procedimentos necessários para o tratamento da doença (realização de endolaser). Em alguns casos, o espaço antes ocupado pelo humor vítreo pode ser preenchido com gás expansivo ou óleo de silicone. Na cirurgia de Vitrectomia a anestesia é local e o pós-operatório varia de acordo com o quadro de cada paciente.

 

 

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