Ser submetido a uma cirurgia ocular por si só é uma questão bastante delicada. Com o surgimento crescente de novas tecnologias, os procedimentos cirúrgicos têm atingido níveis satisfatórios, mas usar o melhor método representa um desafio. Dados do Ministério da Saúde mostram que os transplantes de córnea no Brasil estão crescendo. De 2001 a 2006, houve um aumento de quase 23% nos procedimentos, e o ano de 2006 fechou com cerca de 10 mil implantes.
O femtossegundo é uma nova tecnologia a laser que tem contribuído para o aumento desse número. Utilizado em cirurgias corneanas com excelentes resultados, permite uma recuperação mais rápida, de 04 meses; enquanto que na cirurgia tradicional a recuperação é de aproximadamente 12 meses.
Caracterizado pela capacidade de realizar incisões precisas e seguras, que não podem ser atingidas manualmente, o femtossegundo é um bisturi a laser que tem infinitas possibilidades cirúrgicas oculares, tanto de córnea quanto de cristalino. O uso do laser na córnea pode ser feito para as cirurgias refrativas ou para os transplantes. O risco de complicações intraoperatórias com a lâmina é de cerca de 1:1.000 enquanto com o microcerátomo — instrumento mecânico usado para fazer corte superficial da córnea — é de cerca de 1:5.000.
Quando uma complicação ocorre com o laser, não deixa sequelas, ao contrário da lâmina. O uso do microcerátomo está entrando em completo desuso na maior parte do mundo. Atualmente existe uma nova abordagem utilizando o laser de femtossegundo para corrigir miopia e astigmatismo sem a necessidade do uso de um excimer laser — radiação luminosa especial que faz micropolimento da superfície da córnea.
O uso desse laser está revolucionando a cirurgia de catarata e provavelmente será o padrão dessas cirurgias nos próximos anos. Ele é aprovado para esta finalidade em todo o mundo e deverá auxiliar a facoemulsificação (cirurgia de catarata) por ultrassom.
Via CBO