Entre os dias 16 e 18 de outubro, acontece em São Paulo, o World Keratoconus Society Meeting – Congresso Mundial de Ceratocone. Entre os destaques do Congresso, estão os estudos sobre os mais modernos procedimentos para retardar ou até mesmo evitar um transplante de córnea.
O Ceratocone é caracterizado por uma deformação da córnea, que adquire o formato de um cone. A córnea é a estrutura transparente na parte central dos olhos. De natureza genética, a doença atinge ambos os olhos.
Na sua fase inicial, o ceratocone apresenta-se como um astigmatismo irregular, levando o paciente a trocar o grau do astigmatismo com frequência.
Os sintomas podem ser confundidos com problemas simples de visão:
Inicialmente, o tratamento é feito por meio do uso de lentes corretoras. Quando o paciente não apresenta melhora (geralmente quando o ceratocone encontra-se em quadro avançado), é necessária intervenção cirúrgica (Crosslinking, Anel de Ferrara ou Transplante de Córnea).
O Crosslinking da córnea é um novo tratamento cirúrgico desenvolvido com a finalidade de aumentar a resistência da córnea, aumentando sua estabilidade. No crosslinking acontece um fortalecimento das fibras de colágeno (que representam as pontes de sustentação da córnea). Com o aumento da resistência, diminui-se a elasticidade da córnea e, com isso, reduz-se a chance de progressão do astigmatismo e da baixa da visão.
Já o implante do anel intracorneano (Anel de Ferrara) é indicado para pessoas que não se adaptaram as lentes de contato. O anel é implantado na córnea provocando um estiramento de suas lamelas e a redução de sua curvatura, fazendo com que a área central da córnea se torne mais regular, o que proporciona uma melhora acentuada na qualidade da visão.
Em casos mais graves, é necessário o Transplante de Córnea.
Os procedimentos devem ser realizados em Centro Cirúrgico por médicos especializados em Córnea e Ceratocone. O pós-operatório é simples e de rápida recuperação.