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Acidentes de trabalho na região dos olhos podem causar danos irreversíveis

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Os acidentes de trabalho são responsáveis por grande parte dos traumas ocorridos todos os dias no Brasil. Os riscos vão de exposição à produtos químicos ou biológicos a perda de membros em máquinas pesadas. O Ministério do Trabalho realiza, constantemente, campanhas e fiscalização para a prevenção dos acidentes no ambiente de trabalho. Porém, muitas vezes o próprio trabalhador deixa de utilizar equipamentos de proteção e de tomar as medidas necessárias para que possa trabalhar em segurança.

De acordo com o último relatório disponibilizado pela Previdência Social, no ano de 2013, os acidentes envolvendo a região dos olhos corresponderam a 1,9% dos registros de acidentes no ambiente de trabalho. O número pode parecer pequeno, porém, é preocupante dada a facilidade de prevenção desse tipo de ocorrência.

O acidente mais comum é a entrada de corpo estranho na conjuntiva, com 39,5% dos casos. Embora em alguns tipos de trabalho não seja possível zerar a possibilidade de acidentes, o uso de óculos de proteção pode diminuir bastante o risco de entrada de corpo estranho no olho. Os óculos são Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) de uso obrigatório em funções que oferecem algum risco para a área dos olhos como soldador, carpinteiro, ou profissões que lidam com produtos químicos e biológicos.

Em segundo lugar aparecem os acidentes com traumatismo da órbita ocular. Foram 2661 casos em 2013. Esse número representa 18,6% dos acidentes envolvendo a região dos olhos. Muitos desses casos também poderiam ter sido evitados com uso de óculos de proteção aprovado pelos órgãos de fiscalização. Ainda segundo o relatório da Previdência Social, 300 trabalhadores ficaram completamente cegos após sofrerem acidentes de trabalhos.

Segundo informações do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), os acidentes de trabalho oculares são mais frequentes com homens da faixa etária entre 20 e 40 anos, ou seja, que se encontram no auge da produtividade. Além das consequências para o próprio trabalhador, estima-se que o Ministério da Saúde tenha um gasto de R$ 328 milhões anuais com tratamentos que tentam reverter os acidentes oculares. É importante ressaltar que nem sempre a reversão é possível, mesmo com tratamento adequado.

A prevenção é a melhor opção. As empresas são obrigadas por lei a fornecer equipamentos de proteção adequados à cada função. Os trabalhadores, por sua vez, devem se comprometer a utilizá-los em qualquer circunstância na qual sejam indicados.

Primeiros Socorros

Mesmo com uso de equipamentos de proteção é possível que ocorra algum tipo de acidente ocular. Nesse caso, a rapidez na procura de um oftalmologista é fundamental para tratamento e reversão de comprometimento dos olhos. Quando houver contato ocular com substâncias químicas ou biológicas, a primeira ação deve ser a lavagem (sem esfregar) com água em abundância. Já em casos de perfuração ocular ou trauma na região dos olhos, apenas proteja a região sem pressionar e procure um oftalmologista imediatamente. Para traumas que não sejam muito graves é recomendável a utilização de compressas frias ou aplicação de gelo.

Mesmo que o trabalhador receba os primeiros socorros no local, é muito importante uma avaliação com o médico oftalmologista, pois somente por meio de exames cuidadosos é possível determinar a natureza e gravidade das lesões oculares.

 

 

 

 

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