Há algum tempo, publicamos sobre a preocupação da Organização das Nações Unidas com o avanço das chamadas superbactérias, resistentes aos mais potentes antibióticos já criados. Uma boa notícia foi divulgada recentemente por pesquisadores americanos. Em um artigo publicado no Journal of Antimicrobial Chemotherapy, os cientistas apontam que o caminho para conter a mutação e consequente resistência das bactérias é a disrupção do código genético destes organismos.
No estudo, a molécula PPMO foi utilizada para combater a produção da enzima metallo-beta-lactamase (NDM-1), que é a responsável pela codificação dos genes que definem a resistência das bactérias. A enzima metallo-beta-lactamase (NDM-1) está presente em diferentes tipos de bactérias, o que permitiria o combate a vários tipos de organismos ultrarresistentes com a mesma molécula PPMO.
Os testes se mostraram eficazes no tratamento de ratos infectados com a bactéria E.Coli afetada pela PPMO. Entretanto, apesar do sucesso, os testes em humanos não devem começar em menos de três anos.
Bruce Geller, professor de microbiologia e diretor do grupo de pesquisadores, aponta que, mesmo que bem sucedida, a solução não será permanente, já que nada impede as bactérias de desenvolverem uma resistência também ao uso da PPMO. Ainda assim, o projeto pode ser um passo importante para o combate aos organismos super-resistentes aos antibióticos.
Para acessar o estudo completo (em inglês) clique no link: https://goo.gl/qn7I7F