Uma das principais causas de cegueira irreversível do mundo, o glaucoma é uma doença ocular multifatorial, ou seja, possui diversas causas. Segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma, os principais fatores associados ao risco do desenvolvimento do glaucoma são: pressão intraocular (PIO) elevada, idade avançada e histórico familiar. Além disso, é importante observar que as pessoas negras têm maior probabilidade de desenvolver o glaucoma primário de ângulo aberto, tipo mais comum da doença.
O principal sintoma só aparece quando a doença já está em nível avançado e se caracteriza por perda de visão periférica. Com a evolução do glaucoma, o campo visual vai estreitando progressivamente até transformar-se em visão tubular. Se não houver tratamento adequado, o paciente pode ter perda total de visão, quadro que se torna irreversível.
A visita de rotina ao oftalmologista é extremamente importante para o diagnóstico precoce do glaucoma. Ao realizar a avaliação básica do paciente, o médico deve medir a pressão intraocular por meio do exame de tonometria. Caso a pressão esteja acima do normal, exames mais detalhados devem ser realizados.
De modo geral, a doença aparece com maior frequência a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa de idade, dependendo da causa que provocou a pressão intraocular elevada.
Inicialmente, o tratamento do glaucoma é feito por meio do uso de medicação que, tanto pode atrasar a produção de fluido aquoso, quanto melhorar o fluxo de escoamento do mesmo, diminuindo assim, a pressão intraocular. Quando os resultados do tratamento medicamentoso não são satisfatórios, tratamentos com laser podem ser indicados (trabeculoplastia ou iridectomia).
Se ainda assim, o paciente não apresentar melhora na pressão intraocular, há necessidade de intervenção cirúrgica. Apesar de a cirurgia não curar o glaucoma, ela cria um novo canal de drenagem que diminui a pressão intraocular e, evita assim, a piora do quadro.