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Conheça os tipos mais comuns de câncer ocular

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olhos

Por ser raro, muitos não sabem da existência do câncer ocular. Porém, ele existe e precisa ser diagnosticado no início para que o tratamento possa ser bem-sucedido. Nos adultos, o mais comum é que os tumores oculares sejam secundários, ou seja, o paciente tem algum tipo de câncer em outras partes do corpo, como pulmão, mama, rim e próstata e apresenta metástase na região ocular. Nesses casos, as células cancerígenas se disseminam pelo organismo através da corrente sanguínea e sistema linfático, atingindo as estruturas do olho. Dentre os tumores que não são metastáticos e se originam a partir dos tecidos oculares, os mais comuns são o retinoblastoma e o melanoma.

Retinoblastoma

Tumor maligno intraocular mais comum na infância, corresponde a cerca de 4% dos tumores malignos pediátricos. Ele se origina nas células da retina, que é a membrana na qual as imagens são projetadas. O retinoblastoma pode ser classificado como esporádico ou hereditário. Na forma esporádica, o tumor é unilateral (afeta um olho apenas) e corresponde a cerca de 70% dos casos. Quando hereditário, o tumor pode ser unilateral ou bilateral (os dois olhos são afetados).

O diagnóstico e sucesso do tratamento dependem da capacidade dos pais e do pediatra em detectarem sinais da doença na fase inicial. Quando o retinoblastoma encontra-se em um estágio mais avançado, os sinais e sintomas dependem dos locais acometidos. A avaliação do oftalmologista, é essencial para realização dos exames necessários, como o exame de fundo de olho, para diagnóstico definitivo e determinação da extensão da doença.

O tratamento do retinoblastoma é decidido após avaliação da extensão da doença e considerando se o paciente apresenta metástase ou não.  Pode variar desde a terapia local com laser, em tumores menores, até outras modalidades de tratamento como braquiterapia, quimioterapia e remoção do globo ocular em tumores maiores.

Melanoma

Sendo o tumor primário intraocular mais comum em adultos, apresenta incidência anual de aproximadamente 10 casos para cada milhão de habitantes. Geralmente, surge entre os 40 e 65 anos de idade. Por não apresentar, na maior parte dos casos, alterações visuais significativas, pode ser de difícil diagnóstico.

O melanoma pode surgir desde a pálpebra e conjuntiva, até as estruturas internas do olho, como íris e coróide. A parte do olho mais acometida pelos melanomas é a coróide, camada do olho que fica entre a esclera e a retina, no “fundo do olho”. Esta parte do olho não é visível a olho nu, sendo necessário dilatar a pupila e examinar com equipamentos especiais para ver as doenças que afetam esta parte do olho.

O diagnóstico é realizado por meio de exames oftalmológicos que permitem o mapeamento da retina e a ultrassonografia. Apesar de não serem visíveis, os melanomas da úvea produzem sintomas como flashes luminosos, “moscas” volantes e perda parcial ou total da visão. Em 25% dos casos podem apresentar metástases em órgãos como fígado, cérebro e pulmão.

O tratamento pode ser realizado com placas radioativas, técnicas de termo terapia transpupilar, braquiterapia, quimioterapia, imunoterapia ou enucleação (remoção do globo ocular). Em geral, é individualizado e orientado de acordo com a extensão da doença.

É importante que consultas oftalmológicas periódicas sejam realizadas tanto em crianças quanto em adultos. Por meio do diagnóstico precoce, o câncer ocular pode ser tratado e bons resultados podem ser obtidos.

 

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