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Cirurgia de Catarata pode ser mais precisa com a Internet das Coisas

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Você já ouviu falar no termo “Internet das Coisas”? Se não, precisa conhecer mais sobre isso, pois ela já está modificando a forma como interagimos com o meio em várias áreas, inclusive a da saúde. Conhecida como IoT – do inglês Internet of Things – a Internet das Coisas prevê, em um futuro próximo, o uso de Inteligência Artificial – não, você não leu errado – para melhorar e ampliar tarefas cotidianas das pessoas.

Apesar de a IoT ainda não ter alcançado todo o potencial que se espera, já estamos utilizando muitas ferramentas que utilizam esse conceito. A revolução tecnologia que permite conectar itens utilizados no dia a dia à rede mundial de computadores é um exemplo disso. Ao controlar a TV pelo Smartphone, calcular as calorias gastas em uma corrida com um relógio de pulso ou controlar uma câmera remotamente pelo computador, você já está em pleno uso da IoT.

Em resumo, a Internet das Coisas faz com que objetos diversos estejam conectados à rede mundial de computadores, o que possibilita o uso de metadados (informações codificadas) para que a tarefa seja realizada com maior precisão e brevidade.

Internet das Coisas facilita tarefas cotidianas
Internet das Coisas facilita tarefas cotidianas

 

Umas das áreas com maior projeção de crescimento com a IoT é a da saúde. Os avanços já são notáveis, mas ainda temos um vasto campo de possibilidades. Os hospitais mais modernos do mundo, já utilizam gadgets ou equipamentos tecnológicos que possibilitam maior precisão no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doenças.

Felizmente, a oftalmologia não está fora dessa tendência e a cada dia ganha novas ferramentas para o tratamento de doenças oculares. A Oftalmoclinica Curitiba, pioneira em muitas áreas da oftalmologia no Paraná, passou a utilizar recentemente uma ferramenta que utiliza o conceito de Internet das Coisas para melhorar os resultados da cirurgia de Catarata. Com o uso de equipamentos de alta tecnologia que “conversam” entre si enviando dados precisos sobre cada paciente, não só é possível corrigir a catarata, mas também eliminar erros refrativos nos pacientes. Ou seja, o paciente substitui o cristalino por uma Lente Intraocular (LIO) e não precisará mais utilizar lentes corretivas após a cirurgia.

Para entendermos como se aplica o conceito de Internet das Coisas na cirurgia de catarata, é preciso, primeiramente, falarmos sobre a catarata e como ela é corrigida. A catarata consiste na opacidade parcial ou total do cristalino (lente natural do olho) ou de sua cápsula. Pode ocorrer de forma congênita (desde o nascimento); primária, que é a forma mais comum e evolui com a idade; ou secundária, adquirida por doenças metabólicas como o diabetes, doenças oculares como uveítes, trauma ocular ou abuso de colírios a base de corticoides. Essa doença não possui tratamento clínico, ou seja, só pode ser corrigida por meio de cirurgia.

Durante a cirurgia de catarata (Facectomia), a ponta da caneta do facoemulsificador (um moderno equipamento computadorizado) é introduzida no olho através de um pequeno orifício de 2,5mm. Por meio da emissão de energia ultrassônica, o cristalino é desmanchado e removido. A cápsula posterior do cristalino vai então, acomodar a lente intraocular, que atua como um cristalino artificial e tem o grau previamente medido para cada paciente.

Os equipamentos utilizados até agora para o cálculo do grau da LIO não eram capazes de eliminar por completo o erro refrativo. Ainda que com um grau pequeno, a maior parte dos pacientes que operavam a catarata, precisavam utilizar lentes corretoras após a cirurgia. Isso acontece porque os equipamentos mais utilizados em clínicas de todo o Brasil para o cálculo do grau da lente não são capazes de calcular com precisão o grau ideal. Além disso, antes do IOL 700, vários fatores influenciavam no resultado da cirurgia. Por exemplo, a forma como o médico posiciona os braços durante a cirurgia muda em milímetros o ângulo da incisão feita na facectomia. Esse é um fator que também contribui para determinar quanto o paciente terá de erro de refração após o procedimento.

Diferentemente de outros equipamentos de biometria computadorizada (exame que calcula o grau da lente), o IOL 700 é capaz de analisar praticamente todos os pontos do olho que influenciam na refração. Ele analisa inclusive, se o paciente possui problemas em outras regiões do olho que podem influenciar no erro de refração após a cirurgia de catarata.

IOLMaster® 700 - Zeiss
IOLMaster® 700 – Zeiss

 

Uma vez identificado qual o tipo ideal de LIO, as informações alimentam um segundo aparelho (VERION) que analisa também qual o ângulo que o cirurgião desse paciente opera e a quantidade de astigmatismo que é induzida pela cirurgia. Com a junção desses dados, ele determina então, qual o grau necessário para que após a cirurgia, não sobre nenhum erro refrativo. É importante observar que o grau da lente pode mudar de acordo com o cirurgião que realizará a cirurgia, pois o equipamento calcula o grau considerando o ângulo, a posição, o tamanho e a quantidade de grau de astigmatismo que ocorrerá quando as incisões forem realizadas.

Quando a cirurgia é a laser, a precisão pode ser ainda maior. O LenSx (moderno aparelho para cirurgias a laser) opera com um laser de femtosegundo, que corresponde a um milionésimo de um bilionésimo de segundo. Dessa forma, o procedimento é rápido, seguro e eficaz, com incisões mais finas e concisas. O procedimento cirúrgico com LenSx é diferente da cirurgia convencional, que utiliza lâminas de bisturis e pinças.  Além disso, a cirurgia a laser possui maior precisão por conta da automação do procedimento.

No pré-operatório são obtidas imagens e medidas do globo ocular que são transmitidas pela internet diretamente ao aparelho Verion, que está acoplado com o laser Lensex. Durante a cirurgia, o médico confere e registra essas medidas para depois aplicar os pulsos de laser na cápsula do cristalino, realizar a incisão no tamanho, forma e local corretos, retirando depois a catarata. O laser concretiza etapas delicadas da cirurgia de forma eficaz, facilitando também o período de recuperação do paciente.

A forma como esses modernos aparelhos enviam dados entre si e analisam cada situação de forma personalizada, considerando não só as singularidades do paciente, mas também do médico e da técnica cirúrgica, é um bom exemplo de como a Internet das Coisas (IoT) pode revolucionar a área da saúde e trazer mais conforto e melhores resultados aos pacientes.

 

 

 

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