As cirurgias oftalmológicas mais conhecidas são as que tratam problemas oculares relacionados à retina ou à córnea. Entretanto, também é preciso atenção à região das pálpebras, cílios e conjuntiva.
De acordo com a oftalmologista Helen Demori Vidor, as cirurgias plásticas oculares mais comuns são as que envolvem a correção de algum aspecto funcional da pálpebra e lesões tumorais: alterações da margem palpebral para fora (Ectrópio), alterações da margem palpebral para dentro (Entrópio), alterações da fenda palpebral (Ptose ou olho caído) e alterações relacionadas com o envelhecimento (dermatocálaze). Outra alteração funcional muito comum é a triquíase, que faz com que os cílios cresçam em direção ao globo ocular, causando sensação de corpo estranho e irritação.
As lesões tumorais, por sua vez, podem ser benignas, ou se caracterizarem como lesões malignas de pele e conjuntiva.
Segundo Vidor, esses procedimentos nem sempre são de natureza estética: “Uma alteração de margem, entrópio por exemplo, pode causar um desconforto grande para o paciente, pois nessa condição, os cílios estão tocando a córnea. Nesse caso, a correção cirúrgica é imprescindível e não é considerada estética”.
Crianças também podem necessitar de cirurgia plástica na região dos olhos. Existem algumas alterações congênitas, como coloboma de pálpebra superior ou obstrução de via lacrimal, que requerem correção cirúrgica.
Apesar de não afetarem as áreas responsáveis pela formação da visão, problemas na pálpebra ou conjuntiva, podem prejudicar a visão ao interferirem em questões funcionais do globo ocular.
A melhor maneira de descobrir problemas relacionados à pálpebra é a visita regular a um oftalmologista.