Problemas de visão atingem milhares de crianças no Brasil

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia estima que, no Brasil, mais de 250 mil crianças, entre 5 e 15 anos, têm dificuldade para enxergar. Os problemas de visão podem, além do desconforto natural, prejudicar o aprendizado na escola e a interação social da criança. As doenças oculares mais comuns em crianças são as doenças refrativas (miopia e astigmatismo), porém, também podem ocorrer doenças mais graves, como ceratocone e catarata.

Pais e professores devem estar atentos a qualquer indício de problemas na visão. Olhos vermelhos, dores de cabeça e dificuldade de leitura podem ser sinais de problemas visuais. Quando já existem familiares com problemas de visão, a probabilidade de a criança também desenvolver alguma doença ocular é maior.

O ideal é que logo ao nascer, a criança passe por uma avaliação oftalmológica. Nos casos de bebês que não são prematuros, qualquer médico pode realizar a avaliação que é rápida e simples. Porém, para prematuros é recomendado que o teste do olhinho seja feito por um oftalmologista especialista em retina, pois muitas vezes a retina dos prematuros não se forma da maneira correta.

Ainda que nenhum sintoma chame a atenção, a recomendação é que o oftalmologista volte a ser procurado quando a criança chegar aos quatro anos de idade. Como a visão termina de se formar por volta dos sete anos, a avaliação preventiva dá tempo para que, se necessário, tratamentos sejam realizados.

Tanto para adultos quanto crianças acima de sete anos, é importante observar que consultas preventivas devem ser feitas pelo menos uma vez ao ano. É por meio da avaliação de rotina que os principais problemas oculares, inclusive os que podem levar à cegueira, são descobertos.